Entre o chão e os ares

Ser solto no mundo? Querer estar sempre sozinho? Não é isso. Liberdade vai além disso. Muito além.

É saber ver o que a vida te oferece, querer agarrar suas oportunidades sem se prender a coisas bobas. Eu tento ser livre, tento que as pessoas queiram ser livres.

Adoro o Marcelo Camelo. Adorava Los Hermanos e sou apaixonada pelos 2 albuns solo dele. Essa delicinha de música é do primeiro, chamado “nós” ou “sou”. Nunca sei de que lado olhar, mas sempre desconfio que é “sou”. Todas as músicas trazem muito a solidão, a liberdade, a busca. O Camelo sempre fala que suas composições não são para uma determinada situação, e sim para cada um se apropriar dela da maneira que se sentir melhor. Essa foi a apropriação que fiz do “sou”. Ou “nós”.

Vamo embora ser livres juntos?

Mais Músicas do Espinhaço para abaixar a tempestade

 

Agora um pouco mais tranquila … com tempo para me dedicar aos textos, às músicas, às poesias, às fotografias …

Quando eu mostrei o clipe novo do Músicas do Espinhaço, o Perereca de Pijama, fiquei muito com o gostinho de quero mais, e espero que todos que tenham lido tenham ficado também.

Ano passado o Músicas do Espinhaço fez um show muito especial lá no Palácio das Artes. A atmosfera do show foi linda, o palco tava lindo, estavam todos numa sintonia muito boa. O show foi incrível, pura emoção. E o pessoal editou um vídeo com trechos das músicas cantadas naquele dia. É só pra dar um gostinho de como foi o show.

E fica aqui o convite para o show que acontecerá no dia 20 de Outubro!

Mais informações aqui.

Calmaria

Entre uma tormenta e outra, calmaria.

Porque pra tudo, antes, é preciso paz de espírito.

Ouvi um dia alguém dizer que essa era uma das “peças pop” da música clássica, como se o fato dela ser conhecida desmerecesse sua beleza. Não desmerece. Pra mim, uma das coisas mais lindas feitas pelo homem, e nada que eu escreva aqui seria capaz de explicar o que eu sinto com essa música. Ela está presente em trilhas sonoras de diversos filmes, mas o que mais me chamou a atenção foi a cena de Mestre dos Mares onde ela é tocada.

Suite pra violoncelo 1 de Bach – prelúdio.

minha experiência no Rock in Rio. Ou não…

prólogo:

Na madruga deste sábado para domingo, as 2 da manhã, toca meu telefone. Sim, era fim de semana mas eu estava dormindo. Tinha acabado de apagar a luz. Vi que era meu irmão e fiquei preocupada… Essa hora, meu deus aconteceu alguma coisa!!!! Atendi e ninguém fala nada. Só um barulhão no fundo: um tanto de voz… parei pra prestar atenção. A música era ‘Under the bridge’ do Red Hot Chili Peppers. Lembrei que meu irmão tava lá no Rio, no show. Mais uma vez ele foi sem mim…

capítulo 1: como perdi meu rock’n’rio

Mais de dez anos atrás, em 2000, tive uma das melhores notícias que poderia ter na época: Red Hot Chilli Peppers ia tocar no Brasil em 2001, no Rock in Rio, na turnê do Californication. No mesmo dia teria Silverchair! E Dave Mathews Band outro dia! Putz, maravilha! Só ir atrás de companhia, afinal, 18 anos e sozinha no Rio não ia dar certo… Surtei quando descobri que meu irmão mais velho ia ao show com um primo nosso! Beleza, deu tudo certo, enfim vou ver o Anthony Kiedis (lembrei ontem que o nome do meu querido vocalista foi o primeiro termo que pesquisei na internet na minha vida! Primeira vez que sentei num computador conectado à internet fiz uma busca no Alta Vista pelo nome do meu amado vocalista da minha amada banda…)!  A paixão pela banda já era muito antiga, dez anos atrás.

Bom, qual não foi minha surpresa quando meu irmão me diz que se eu quisesse ir beleza, mas não com ele: mulher dava muito trabalho em show grande. Não adiantou prometer me comportar, ficar quietinha, não rasgar a roupa: nada fez ele concordar em me deixar ir com eles. Passei um tempo desesperada atrás de amigos que fossem, mas nada, ninguém… sad trombone pra mim.

Resignada, assisti todos os shows de casa. No dia desse show, depois do Silverchair, ele me liga: aqui tá foda, o show foi foda! Você devia ter vindo tá super tranquilo! Primeira lágrima rola rosto abaixo. Começou o show. Assisti com o coração na mão, segurando o choro loucamente. Ok, enfim acaba. Mal sabia eu que o pior ainda estava por vir: o bis. Quando começou aquela guitarra, não consegui mais: abri a boca a chorar. Eles tocaram a minha preferida, a música que por muitos anos foi um acalanto pra mim: Soul to Squeeze. Naquela hora soube que eu TINHA que ter ido ao show, eu TINHA que ter dado um jeito de estar lá. De ver aquilo de perto: Anthony, Flea, Chad Smith e o John Frusciante (enfim de volta).

Nunca mais consegui ter vontade de ir ao Rock in Rio ou qualquer grande evento musical. Não sei se um dia vou ter pique, se o festival vai seguir a tendência apontada num dos últimos Nerdcasts e só piorar daqui pra frente. Não sei. Só sei que o sentimento que ficou é que era AQUELE o meu show, aquele era o ano que eu tinha que ir.

Bom, devidamente explicados os motivos, hoje posto essa música que tanto amo: Soul to Squeeze. O video é dessa apresentação de janeiro de 2001 que eu perdi.

 

Recomendo muito o lindo clip oficial. Clima circense, Anthony em sua fase mais maravilhosamente gato. Fiquei muito na dúvida qual versão colocava, mas achei que o ao vivo ia combinar mais com o restante do post. Essa música foi feita para um filme que assisti uma vez mas nem me lembro direito: The Coneheads. A letra é linda, ela toda combina muito com minha fase atual, principalmente o refrão:

“Where I go I just don’t know

I got to got to gotta take it slow

When I find my peace of mind

I’m gonna give you some of my good time”

epílogo

Revendo o vídeo do show, minha raivinha até foi acalmada. Durante quase metade da música o John não toca!! Ela foi inteira segurada no baixo (que baixo!) e na bateria!! Os olhares do Anthony pra ele no fim da música são de ódio!

Não que isso mude o fato de que eu queria muito sim ter visto isso tudo ao vivo…

Beatles pra não ter indecisão!

Um dia de correria, de coisas pra fazer na rua, de mil arrumações na casa nova, de dor nas costas e dedos esfolados.

Uma música clássica, linda, das  minhas bandas preferidas. Uma música excelente pra fazer arrumação! Essa e qualquer outra dos Beatles.

 

Bom sábado à noite!

sem perder tempo!

Seguindo a moda da semana:

Aniversário, reunião, viagem, aula, aula, reunião, reunião, trabalho, reunião, aniversário, aula, aula, trabalho de campo!

UFA! Semanas corridas eu sempre opto por fazer uma lista bem agitada, bem rock’n’roll! Hoje escolhi o maior hit dos últimos 2 anos no meu carro: Someday, do Strokes.

Podia vir escrito no rotulo: levanta até difunto!

1 2 3 e já!

Faça da mudança um momento de mudar!

Entrando na onda do post de ontem da Luna ….

Martelo, prego, furadeira, caixa, caixa, caixa, furadeira, prateleira, estante, caixa, furadeira …

Dia de mudança! É bom ver o novo lar tomando forma, nem que seja aos pouquinhos …

Mudança de casa bem que abre um porta pra pensar sobre mudanças mais profundas, e vejo que já venho interiorizando e botando em prática várias mudanças. A maioria delas é natural. A maioria delas pra melhor.

E a música? Pensar em coisas boas e boas mudanças me trouxe de cara uma figura muito forte na minha vida musical, Milton Nascimento. Bituca querido de tantas horas e tantas emoções …

 

 

I need a dollar

 

Trabalho, trabalho, trabalho. Casa, cachorro, insônia, despertador. Café, lanche, café, energético. Ansiedade, neurose. Repeat.

A música se chama I Need a Dollar, o cantor Aloe Blacc. Mais sobre ele num momento mais tranquilo, prometo.

 

Pega teu kichute e dança, uma valsa

Bom dia!

Não tem muita explicação pra música que vou postar hoje. Na verdade tem, a mesma de todas que já coloquei aqui: é uma música que eu amo. O meu querido ilustre convidado de umas semanas atrás, o Pedrito, me apresentou a banda. Eu não fazia idéia de quanto eles eram, hum…, peculiares. Fui uma vez a um show e que surpresa bizarra! Adorei! Um show muito mais eletrônico do que as musicas, cheio de surpresinhas inusitadas. Posto hoje a minha preferida deles, na certeza de que logo logo outras virão. Com vocês, ‘Nhém nhém nhém’, por Totonho & os cabras!

RENOVANDO A FÉ

Apesar de hoje ser meu aniversário, não vou escrever nada pra mim. A Luna fez isso muito bem no post de ontem. Thanks baby!

Então, pra quem vou escrever este post?

Pra todo mundo que eu amo, que faz parte da minha vida, que sem as pessoas queridas que me rodeiam (mesmo as que estão longe fisicamente ou em outro plano astral) … sem as pessoas que me alimentam e me dão força, eu não seria ninguém.

A música é uma música de fé, porque em tempos atuais as pessoas esquecem da fé e esquecem que o que importa mesmo é estar junto, é compartilhar. Bem já disse Christopher McCandless, “Hapiness is only real when shared”, e isto é o que eu vivo.

Esta música é muito especial pra mim, pois uma vez em algum momento ruim de desespero e solidão, um amigo que mora e vai morar sempre no meu coração, me mandou esta música por email e no final me perguntou? “Tô com fé sempre, e vc?” Hoje eu tenho a resposta, eu escolhi caminhar com fé, seja qual for o caminho. Pq não me importa chegar, me importa ir.

Sim, com mais fé, com mais segurança, com menos medo de errar, mais inteligente, mais bonita, mais serena, mais madura … mais tudo de bom. E um pouquinho menos nova também …

Ps: terminei o post em prantos!

Ps2: Em tempo! A música se chama “Tô com fé” e está no álbum “Voz Violão e algumas dobras” do Celso Adolfo.

“Todo caminho da gente é resvaloso. Mas, também, cair não prejudica demais – a gente levanta, a gente sobe, a gente volta! Deus resvala? Mire e veja. Tenho medo? Não. Estou dando batalha”. JGR