a arte de se deixar levar

Quem me vê hoje, andando pela rua de sapato de oncinha, maxi-colar e óculos Restart olha pra mim e fala “não. Essa pessoa não dança forró”.

Mas dança.

Saber dançar é uma das coisas boas da vida. Quando uma música que você ama toca, e seus pés têm a habilidade de acompanhar o ritmo, é bom demais. Bom demais da conta. Conseguir deixar uma música te levar: isso é dançar. E é tão bom…

Pra essa terça cinza, uma música que me leva de onde eu estiver pra qualquer outro lugar, pois mesmo quando o local não é apropriado pra sair dançando alguma coisa dentro de mim se levanta e vai. Caetano, lindo maravilhoso, fazendo uma homenagem ao amigo Torquato Neto com um música com nome de bebida: Cajuína.

Existirmos, a que será que se destina?

Boa terça!

Dois xotes por favor

Tá, confesso. Sou louca por um arrasta pé.

A musicalidade do forró é coisa de Deus, lembra raiz, mesmo quando essa raiz é de agora.

Da outra vez que eu mostrei um forró aqui, eu chamei de forró erudito!

E hoje trago dois xotezinhos delícia. O primeiro é uma versão linda, na voz da Mariana Aydar, que tá um trabalho novo primoroso, o Cavaleiro Selvagem Aqui Te Sigo. A música é Preciso do Teu Sorriso.

O segundo xote é uma delícia de música, pra dançar mais rapidinho. Seis Cordas de Geraldo Júnior. Gosta de forró de raiz e não conhece Geraldo Júnior? Não! Dá uma passeada aqui.

Forró fala de dengo, de sorriso, de gostosura.  Melhor programa pra esse inverno tem não. Ô quenturinha boa, que remelexo bão!

Quando fevereiro chegar

Não precisa gostar de forró. Nem precisa ter vontade de chamar um par pra dançar (apesar de pessoalmente, achar difícil evitar). Só aprecie essa melodia deliciosa, cantada lindamente por Elba Ramalho e Geraldo Azevedo no primeiro Grande Encontro (que, falando em álbuns, é daqueles que tem que ter).

Quando fevereiro chegar… tudo pode acontecer, né? Nada como um dia após o outro pra gente sempre ter todas as possibilidades do mundo pela frente.

A música é Chorando e Cantando.

Quando Fevereiro chegar
Saudade já não mata a gente
A chama continua
No ar
O fogo vai deixar semente
A gente ri a gente chora
a gente chora
Fazendo a noite parecer um dia
Faz mais
Depois faz acordar cantando
Pra fazer e acontecer
Verdades e mentiras
Faz crer
Faz desacreditar de tudo
E depois
Depois amor ô, ô, ô, ô

Ninguém, ninguém
Verá o que eu sonhei
Só você meu amor
Ninguém verá o sonho
Que eu sonhei

Um sorriso quando acordar
Pintado pelo sol nascente
Eu vou te procurar
Na luz
De cada olhar mais diferente
Tua chama me ilumina
Me faz
Virar um astro incandescente
O teu amor faz cometer loucuras
Faz mais
Depois faz acordar chorando
Pra fazer acontecer
Verdades e mentiras
Faz crer
Faz desacreditar de tudo
E depois
Depois do amor ô, ô, ô, ô

Forró erudito!

 

Não precisa nem gostar de forró para gostar dessa música. Ela se chama Com o pé no forró e é do álbum do Toninho Horta de mesmo título.

Toninho Horta com sua guitarra é algo para ouvidos de fino trato (peguei essa do Tuti Maravilha!). Forró tocado por ele, na companhia de Dominguinhos não é pra qualquer um. Dançar ao som dessa música deve ser algo, assim, sublime. =P

Me inspirei com essa música, pois no show do Thiago Delegado terça feira no Teatro da Biblioteca, ele convidou o Toninho Horta para tocar com ele e pra minha boa surpresa eles tocaram essa música. Fui ao delírio. Mas esse caso é pra outro post …