O novo e o velho

Alabama Shakes é uma banda americana do Alabama (nossa, é mesmo?) que tem apenas um álbum de 2012, Boys and Girls. A música mais conhecida deles chama-se Hold On, mas eu escolhi Boys and Girls porque na descrição eles souberam descrever a banda como eu queria e não estava conseguindo: uma banda jovem com um som velho. No melhor sentido.

Tem dia que não começa bem. Pra que ele não continue assim, uma música boa.

Boa terça.

músicas, serenatas e declarações de amor

O dia dos namorados é uma data brega. As músicas de amor são – em sua maioria – bregas. Mas fazer o que se a gente se identifica?

Lembro de uma amiga que era apaixonada com um amigo dela e ouvia “eu to confuso no que vou fazer (te querendo amor, te querendo amar), mas cheio de vontade de me declarar (te querendo amor, te querendo amar), será que a amizade vai prevalecer (te querendo amor, te querendo amar) o nosso sentimento vai se libertaaaar…“. Pagode Love Songs, quem nunca! Se esse for o seu estilo para o dia dos namorados, digite 1.

Tem também as músicas que acabam fazendo parte da nossa história involuntariamente. A pessoa passa a adolescência ouvindo Smashing Pumpkins pra chegar numa rodinha e alguém decidir se declarar com uma música do Djavan. Pronto, taí, uma Novela Love Song pra te perseguir pelo resto da vida. Adolescente rebelde que eu era, tinha todo um preconceito com esse tipo de gente que toca música do Djavan pras meninas. Mas admito que gosto dessa música até hoje. Se Novela Love Songs for o seu tipo, tecle 2 (versão sucesso com Caetano, bem no clima).

A minha personal campeã das declarações musicais aconteceu quando eu era adolescente, super mega hiper thunder tímida e, fora a música que ele cantou pra mim, não trocamos mais que três palavras (quiçá qualquer outra coisa). Mas como não amar uma letra que fala “você já me conquistou, apesar de mim / e não se alarme se eu trocar os pés pelas mãos / nem se surpreenda se eu te amar por tudo o que você é / eu não pude evitar / a culpa foi toda sua”. Escute e preste atenção na letra toda, e se quiser se declarar pra alguém um dia, fikdik. Se o seu estilo romântico for 90’s Love Songs, aperte 3.

Eis que um belo dia de inverno a pessoa está sozinha e, de repente, não está mais. Aquele momento que muda tudo, aquele primeiro dia, aquele primeiro beijo. Foi numa festa ótima, foi com uma música muito boa, mas… Romântica? Nem de longe. Estava tocando Helicopter, do Block Party.  Se Love Songs não for o seu tipo, clique 4.

Helicopter foi a música errada que tocou na hora certa, não tem como mudar o momento. Mas quando eu lembro daquela época de ficar na expectativa pra ver se as coisas vão ou não dar certo, de toda a ansiedade, de olhar o celular de 5 em 5 minutos pra ver se ele mandou mensagem, de demorar 2 horas pra escolher uma roupa (tá, isso eu ainda faço), a música que eu lembro é outra. A música que eu lembro fala que “eu quero mandar uma mensagem pra você todos os dias às 10 horas da noite“. Ok, assumo que a letra dela não é das mais românticas. Tudo bem, eu nunca fui uma pessoa muito romântica mesmo. Se você também é dessas, tecle 5.

Agora, se eu fosse romântica, eu imaginaria flores e viveria cenários futuros, e faria uma declaração de amor que conseguisse dizer tudo o que eu penso sobre as incertezas de se entregar a alguém em uma única palavra: Maybe.

Eu posso até não ser romântica, mas brega

Feliz dia dos namorados!

 

Você era um estranho, agora você é meu

A música de terça meio que foi escolhida por causa dessa. Porque eu estava pensando em como pessoas que a gente conhece se tornam estranhos, e mais engraçado ainda, como estranhos se tornam pessoas importantes. Tem as pessoas que entram na nossa vida pelas circunstâncias, amigos de amigos, colegas de sala. Mas também tem aquelas pessoas que a gente nunca viu na vida, que conhecemos no forró, e já levamos pra casa e poucas semanas depois estamos morando juntas.

Lembro de escutar In My Life dos Beatles quando criança e pensar no que que ele queria dizer com “in my life, I’ll love you more”, e de entender isso com Regret do New Order, quando ele diz “you used to be a stranger, now you are mine“.

Uma música super leve pra dar um clima de no fim, tudo dá certo pro fim de semana.

Alguém que eu costumava conhecer

A gente adora multi-instrumentistas! E o de hoje não decepciona: cantor e compositor belga-australiano, com um site lindo, um clipe lindo, uma música ótima – o nome de ele é Gotye.

A música – Somebody That I Used To Know – é do ano passado e parte do terceiro álbum de estúdio dele, Making Mirrors, que dita a estética do site e também do clipe. Kimbra – a mocinha do clipe – é uma artista neozelandesa aparentemente pouco conhecida fora do circuito NZ-Austrália, mas com potencial interessante.

Bom dia!

 

Uma música com cara de sexta-feira

Conheci The Killers por causa dessa música, Somebody Told Me, na época em que ela foi lançada (há muito tempo atrás, numa galáxia muito distante) e apaixonei. Pela música, pela banda, pelo Brandon Flowers. Segui ainda o trabalho deles um tempo, e quando o álbum seguinte – Sam’s Town – foi lançado foi um delírio, amei amei amei. Tive a sorte de pegar uma turnê deles que passou por aqui desse álbum, e foi sensacional.

Já o album seguinte não me empolgou tanto, e mesmo tendo um lugar especial pro Brandon no meu coração não curti muito o trabalho solo dele.

Mas Somebody Told Me continua sendo fantástica. Perfeita pra uma sexta.

Bom dia!

Aprenda beatboxing em 3 minutos

Sabe quando tem um cara numa música que faz o som da batida no vocal? Tipo o que o Jones do Loucademia de Polícia fazia (entregeuei a idade agora, heim?). Então, isso é Beatboxing, a habilidade de fazer, com a boca, sons imitando diversos instrumentos e outras cositas más.

Volta e meia no YouTube aparece um vídeo de um menino prodígio sensação tipo esse e acho incrível. Mas ao mesmo tempo, me pergutava: “e daí?”

Daí que aparece um cara tipo o Benjamin Stanford, um australiano conhecido por Dub FX e – com ajuda de um aparelho misterioso sensação – faz músicas inteiras só com a própria voz. Quem tiver curiosidade de entender a aparelhagem do cara pode conferir no site dele. Quem quiser ver ele em ação, gravando uma música ao vivo, pode escutar agora Soothe Your Pain:

 

Curtiu? Achou massa? Quer fazer igual, mas não tem habilidade musical suficiente? Seus problemas acabaram!

Uma pessoa muito legal teve uma idéia muito brilhante de criar um site lindo onde você escolhe os sons que quer usar e pode colocá-los todos juntos pra fazer uma música. Pode parecer bobo (apesar de todos os adjetivos que eu usei pra que isso não aconteça), mas é diversão garantida. Dá pra passar a tarde toda brincando…

O nome do site é Incredibox, clique e divirta-se!

 

Mansão Luxemburgo

“Quando a gente se viu pela primeira vez, eu estava no chão da Mansão Luxemburgo fazendo uma performance de Bad Romance da Lady Gaga.”

“Sério?”

“Ah, coisas de Mansão Luxemburgo.”

Sim, coisas de Mansão Luxemburgo. Onde juntávamos 5 almas animadas e de repente estávamos numa festa que virava a noite. Não que toda festa da mansão fosse por acaso: algumas tinham tema, decoração, trilha sonora. Mas qualquer coisa era motivo de festa. E o que transformava uma noite avulsa em num evento (além dos 5 empolgados) era, claro: música.

Foram muitas que marcaram momentos sensacionais, e acredito que perguntando para aqueles que eram presença garantida a opinião da mais marcante com certeza vai variar de um pro outro. A minha eu sei qual foi, e por acaso (ou não) quem me apresentou foi o Luiz. Mas essa fica pra outro dia. Ela merece um post só dela.

A de hoje apareceu pra mim na semana passada, quando ele me mandou uma música dizendo que apesar dela nunca ter tocado na mansão, “dá vontade de dançar descontroladamente, meio no clima Boite Lux”. 

Admito que demorei um pouco pra ter coragem de escutar, pois quando o Luiz falou que lembrava a mansão eu já sabia que, ao escutar, ia sentir saudade da Boite Lux dando um aperto no coração. Apertou um pouco sim. Mas foi um aperto gostoso. 

Fitz and The Tantrums é uma banda americana com apenas 1 álbum de 2010, Pickin’ Up The Pieces, de onde a música de hoje, Moneygrabber, foi tirada. É pra dançar, é pra brigar com os amigos pra ver quem vai fazer a voz da negona, pra colocar na trilha sonora da novela… É pra ter desculpa de encher a casa de gente e aumentar o som.

Obrigada, Lulu!

Mas antes de irem, pra quem teve curiosidade de saber, os dois que se conheceram no meu sinteco passam bem e são amigos até hoje.

E pra quem ficou com saudade ou com vontade de mansão, fica a dica: #mansaomusique

Um beijo.

Tributo à Sir Paul

Quando postei aquele clipe LINDO do Paul McCartney com Jonny Depp & Natalie Portman na terça (quem não viu tá aqui) não sabia que estaria falando dele de novo essa semana. Mas recebi do meu pai uma dica de um tributo pra ele, Sir Paul, todo lindinho sentado do lado da Oprah (adoro!) e dos Obama.

Aí você pensa “oh, mais um tributo de Beatles, que novidade #soquenao”. Só que sim!

Depois de uma breve introdução sobre a história de Paul, entra o No Doubt – e eu não estou falando da Gwen Stefani sozinha, estou falando do No Doubt – trabalhando no figurino (claro). Aí você pensa “ok, começou legal”. E eis que entra o Dave Grohl cantando Maybe I’m Amazed e a pessoa aqui morre. Minha música romântica favorita do Paul, dos Beatles (sim, mais que Something do George Harrison) e quiçá de todas. Morri. Ah, detalhe que a Norah Jones entra no palco com ele e eles cantam juntos. Sucesso.

Agora você fala “acabou, esse foi o momento top do show, posso parar de ver?” Não. Não, porque vem o Steven Tyler arrasando com as músicas finais de Abbey Road, a partir de She Came in Through the Bathroom Window. Gente. GENTE.

Ainda tem o James Taylor com uma convidada e uma grande reunião no palco no final pra dar aquele clima apoteótico de encerramento. Tudo isso em apenas 18 minutos, com gostinho de quero mais.

Põe a pipoca no microondas, senta e aumenta o som que aí vem música.

Pra quem quiser saber um pouco mais da premiação, um extrato do blog Imprensa Rocker:

O “Kennedy Center Honors” premia cinco artistas anualmente por sua contribuição à cultura norte-americana. Os ganhadores são selecionados pelo quadro de curadores do “Kennedy Center”. McCartney havia sido nomeado para receber a honra em 2002, mas teve que recusar, por causa de obrigações pessoais.

“O ‘Kennedy Center’ celebra cinco indivíduos que dedicaram suas vidas a enriquecer, inspirar e elevar a vibração cultural de nossa nação e do mundo”, disse David M. Rubenstein, Presidente do “Kennedy Center”.

Além de Paul, o evento deste ano homenageou o compositor Merle Haggard, o compositor e letrista Jerry Herman, o dançarino, coreógrafo e diretor Bill T. Jones, e a apresentadora e atriz Oprah Winfrey.

O link do original aqui.