Filme bom de se ouvir!

Mais um dia de convidada!!! Hoje tenho o prazer de receber minha querida Raquel Bambozzi! Amiga/prima linda, inteligente, com um gosto musical super diversificado e de excelente qualidade.

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Tem certos filmes que te pegam pelo atacado. Como se não bastasse um enredo cativante, talvez não de todo elaborado, mas daqueles que te agarram pelo cangote arquetípico das emoções….  e ainda apelam aos seus sentidos mais pios, para aqueles que os cultivam, é claro,  como direi…à flor do ouvido!

Ainda que faltando um quê de convencimento, My Blueberry Nights, dos quase longínquos 2007 é desse tipo… e Wong Kar Wai sabe das coisas! Desde que fez “Amor à Flor da Pele” e usou e abusou de Nat King Cole e vestidos cinquentinha desfilando em slow motion… De chorar!!!

“Na radiola de ficha toca um bolero, vida noves fora zero, a dor de todos os cotovelos da espera.” (do mestre Xico Sá)

Um road movie pela tristeza interior para se descobrir ou curar das mazelas do amor.

E no balcão do café da existência, uma câmera de plano fechado, só você (eu) e o Jude Law!! Aiai!! Dai entra The Story, Nora Jones! Enfim…

Ambos foram abandonados. Estão vulneráveis emocionalmente. Ela desmaia de bêbada e de tanto comer torta de blueberry. Uma solidão masoquista, cultivada nos vinis e nos cafés.

E você assiste ao filme e escuta algo que é bom, chora um pouquinho, e escuta logo outra chanson também ótima, sem identificar bem o que é, e por aí vai… louco (a) para chegar ao final, e saber qualé do quem vai ficar com quem (um tanto óbvio ali) e, também identificar, é claro, as músicas nos créditos finais. Bem, eu sou destas!! Sempre atraida pelos bons sons e pela boa aplicada!!! Como que um novo mundo que se revela na nova pesquisa!

A trilha ali é bem um interlocutor, recheada de elementos blues, e dialoga com a imagem granulada da câmera de vigilância. Um Ry Cooder genial que o é sempre quando quer ser! Cat Power, surpresa linda em cena e voz deliciosa como sempre em The Greatest. Mavis Staples, em ritmo que promove momento de respiro. Otis Redding, num clássico confortável aos ouvidos! A delicadeza melancólica do dedilhado de Gustavo Santaolalla com propósito de tocar a alma. Cassandra Wilson refaz um Neil Young intenso!

A reciclada e linda Yumeji’s Theme de Chikara Tsuzuki alimenta ainda o clima melancólico.

A trilha capta o cerne da tristeza dos personagens, mas também toda a carga erótica contida, não realizada. As emoções aos pedaços se misturam ao longo do todo e uma impressão nova se acrescenta à precedente sem chegar a apagá-la inteiramente. Pessoas de natureza morta, e o que resta de alentador, afinal, é um beijo roubado. Neste momento justamente, cessa a música e sobrevêm o silêncio, numa poética única!

o importante é viver mais com menos!

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Nossa, que prazer ter a Nane como convidada do Musique!! Amiga muito muito querida, linda, que tem uma relação também linda com a música! Bem a carinha do Musique…

Com vocês, minha querida Cristal:

Escolher uma música pro Musique foi difícil.

Primeiro, porque como amante da música, não tenho “a” música preferida… São muitas e não queria que nenhuma delas sentisse ciúme da escolhida, ficasse magoada por ter sido preterida. Quase escolhi uma música clássica (não o estilo clássico, mas clássica p mim)…

Segundo, porque às vésperas do carnaval, me sinto totalmente influenciada pelo calor do momento. Como se estivesse no meio de uma avalanche, que vai arrastando tudo e todos pelo caminho. É missão quase impossível ficar de fora e discernir alguma coisa no meio de tantos sons e ruídos e saber se sou eu que vou atrás do bloco ou o bloco é que me leva. Quase escolhi uma música carnavalesca…

Terceiro, a tecnologia. Aquela, que dá essa sensação de que o mundo ficou pequeno demais, pode ser bem traiçoeira.
Sim, além das músicas tecnológicas em que quase tudo é forjado através dos vários programas e aplicativos, posso acessar músicas da Ásia, África, Europa com apenas alguns cliques e também descartá-las na mesma velocidade. Quase escolhi uma dessas músicas…

Então, ciente de que estou afogada, no meio da avalanche, dependente dos gadgets, resolvi nadar contra a corrente do momento carnavalesco, frenético e escolhi uma música simples. Como se fosse uma árvore na beira do rio, me agarrei a ela pra respirar um pouco.

Esse músico, Chilly Gonzales, caiu como uma luva!
Canadense, morou na França, agora mora na Alemanha, MC, produtor, compositor e… pianista.
Completamente imerso na avalanche também, tecnológico, clássico, mas simples! Escuta que paz:

Ter acesso a toda essa informação é ótimo, mas cansa!!!! E pra esses momentos, nada melhor que músicas assim, que alívio!!!

Quero dedicar essa música a todos que, assim como eu, gostam das coisas simples, tranquilas e boas.

quando o sol me deu você

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Meu amore.

Hoje tenho uma convidada excepcionalmente especial. Amiga do peito, irmã querida, pessoa amada. Tão, mas tão diferente de mim em tanta coisa, mas com a alma irmã da minha.

Hoje é dia da minha amada Virgínia.

tinhamu ❤

— Não sou uma pessoa que consegue se expressar facilmente com as palavras entao, vou ser bem breve e objetiva.

Prefiro falar do que essa musica me proporciona mais do que falar dela.

Resumindo, inspiraçao, nostalgia e uma vontade de correr numa praia deserta de areia branca numa noite de lua cheia.

Enjoy!–

De verdade? Dê verdade!


Por Amanda Rocha Leite, nossa convidada fiel.

Todo mundo quer viver um amor de verdade, mas nem todo mundo está preparado para as verdades do amor.
Pra se viver um amor de verdade, a gente precisa SER de verdade e nem todo mundo está preparado pra isso. Porque quando a gente é de verdade, a gente tem falhas, a gente erra, tem defeitos, manias… E o que é pior: cedo ou tarde, acaba expondo tudo isso para o outro!
Por outro lado, se a gente não for de verdade e ficar tentando ser o que a gente acha que o outro quer que a gente seja, o outro nunca vai se relacionar conosco e sim com uma imagem ideal que fizemos de nós mesmos! E ele vai amar (ou não) alguém que não existe! E nós, continuaremos sem saber se somos dignos do amor de alguém.
Tem gente que se perde tanto no meio do caminho que nem sabe mais quem é, o que quer, do que gosta, do que não gosta, do que aceita, do que valoriza, do que lhe faz bem…
Tem gente que, pra “valorizar o passe” fica fazendo joguinhos que, muitas vezes cansam ou confundem quem está do outro lado querendo fazer acontecer, querendo agradar, mas já nem sabe mais como.
E tem gente que um belo dia acorda e diz: eu sou assim! Vai querer?
E ai, a vida fica mais leve, mais possível, mais objetiva, mais fácil, mais de VERDADE!!!
Vamos nos entregar pra quem não dá a mínima pra um Rolex! Só assim é possível ter o sorriso frouxo! Só assim poderemos bagunçar a vida de alguém e deixar que esse alguém bagunce a nossa. Pra depois, a gente poder arrumar tudo de novo, de um jeito diferente! De um jeito melhor! De um jeito de verdade!
Ou você quer concorrer ao Oscar Freire todo mês?!

A música que acompanha o dia é Madame, do Lemoskine.

ps: imagem retirada do blog Casal Sem Vergonha.

Convidada, eu te dedico!

Não é de hoje que a querida amiga Amanda Rocha Leite brilha! Hoje ela vem com mais um texto  e música bacana pra embalar!

Do what you will, always!

Tão difícil se apaixonar nos dias de hoje, se entregar, viver coisas mágicas…

Bobagem!

Desde que me entendo por gente, sou movida pela paixão!

Sou filha de uma paixão! Não tinha muito como ser diferente.

A paixão é meu combustível, é o que me move! Como diria uma amiga minha: “sem tesão não há solução!” No meu caso seria: sem paixão não há solução!

Com o Dave a sensação foi a de paixão antiga de cara! ADORO! E, como diria a música brega: “Paixão antiga sempre mexe com a gente”. O cara não canta não, ele sussurra no seu ouvido! É mágico, sempre!

Ouvi muito Dave na época de faculdade – “que tempo bom, que não volta nunca mais” – e, dia desses, “ganhei” essa música de um amigo. Música de pessoa apaixonada, com um solo de violão apaixonantemente perfeito! Tem que fechar os olhinhos e sentir, porque só ouvir é pouco!

O inglês do moço não ajuda muito, por isso posto uma versão com a letra pra coisa ficar mais interessante ainda.

Ai, ai…

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Por Amanda Rocha Leite

ps: foto tirada do facebook do Caio Fernando de Abreu.