The King is Dead

 

Voltando a falar dos álbuns que mais mais gostei em 2011. Eu não sei quando comecei a gostar de folk, mas foi em algum ponto do ano passado. Jé mencionei The Decemberists aqui com Rox in the Box – minha preferida desse álbum, mas agora venho falar do CD como um todo.

Folk sim, mas divertido, musical. Ultimamente não tenho tido tempo pra escutar música fora os momentos em que estou no carro, e sei que é uma referência repetida pra mim, mas… Ótimo álbum pra escutar no carro! Uma música agradável e que não vai te distrair no trânsito.

A escolhida de hoje é Down by the Water.

Surpreenda-se.

 

Esse não é o rosto que eu imaginava ouvindo suas músicas, mas aí esta: uma foto tirada de um Flickr mostrando essa cantora de folk nos seus 18 aninhos, num show do seu primeiro álbum, Alas, I Cannot Swim de 2008.

Hoje, Laura Marling tem 21 e lançou um novo trabalho agora em setembro, A Creature I don’t Know. Ainda não tive oportunidade de conhece-lo bem, então fico com uma música do segundo, I Speak Because I Can: Devil’s Spoke.

Nunca fui particularmente fã de folk, apesar de me encontrar num momento em que tenho curtido algumas coisas do gênero. Uma voz melodiosa pra transformar uma terça sem grandes expectativas.

 

 

O menino e o urso

 

E de repente você escuta uma música que nunca tinha escutado antes, mas que você gosta. De primeira.

Foi assim com The Decemberists (de quem eu falei num post há um tempo atrás, e que agora tá tocando direto no rádio com a música Down by the Water, apesar de que eu ainda prefiro Rox in the Box), e foi assim com Boy & Bear.

Pode falar que é folk? Pode. Primeiro pela auto-descrição deles no Facebook (Boy & Bear is happy. Boy & Bear is Tambourine. Boy & Bear is good for you.) – que eu super concordo; segundo, porque ouvi dizer que eles estavam abrindo shows da Laura Marling (não falei nada dela aqui no Musique ainda? Que gafe) e pro Mumford and Sons (que acho que todo mundo conhece).

Mas não se deixe enganar pelo folk. Eles ainda são uma banda indie (vide foto e Facebook) e mais, são australianos. Uma banda folk-indie-australiana com 2 álbuns de estúdio – With Emperor Antartica, de 2010 e Moonfire, de 2011.

Quis saber um pouco mais sobre a banda – mesmo pra poder escrever aqui – mas não achei muita coisa. Um site simples, uma página no Facebook, e dois CDs com músicas boas.

Gostei especialmente de Fall at your Feet (que acredito ser um cover do Crowded House) e Feeding Line, a música de hoje do Musique.

 

O jardineiro

Muito do que escuto hoje é reminiscente de um outro grupo de música do qual participei, e muita coisa que aparece aqui veio de lá. Aqui somos três, lá éramos 6 (entre idas e vindas), e os estilos consequentemente mais variados.

Um dos artistas que me foram apresentados na saudosa Escutatória que eu mais gostei foi um multinstrumentista sueco chamado Kristian Matsson, de nome artístico The Tallest Man on Earth. Cantor de folk com uma voz bem peculiar, teve seu estilo comparado com Bob Dylan; eu não chegaria a tanto mas… lembra um pouco, vai.

The Gardner – faixa 6 do álbum de estréia do moço, Shallow Grave – é uma música com uma letra bem peculiar, sobre um homem que fantasia sobre espiões indo à sua casa dizer à sua amada de todas as mentiras que ele já contou, e todas as coisas que ele esconde dela. A solução do jardineiro é simples: dar um fim neles e usar o que sobrou para adubar o jardim “and now that death will grow my jasmin / I find it soothing I’m afraid“.

É a Suécia me surpreendendo mais uma vez.

De volta ao trabalho.

De volta ao trabalho.

Esse é o clima da música Rox in the Box, faixa do álbum de 2011 The King is Dead do grupo indie folk (!?) The Decemberists. A banda americana tem como particularidade membros multinstrumentistas, permitindo uma variedade musical bacana.

Conheci a banda recentemente mas gostei de Rox… logo de cara. Aparentemente, a letra é sobre mineiros indo para o trabalho – super apropriada para quem é de BH como eu e está sentindo aquela tristeza pós-feriado (por algum motivo meu cérebro entende feriado como férias eternas e sempre é mais difícil voltar do que de um fim de semana normal).

Adoro o clima folk da música e o refrão é ótimo de acompanhar (que refrão que começa com one, two, three que não é?), e se alguém souber me explicar o que ele significa fico grata.